segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Viagem perfeita

Quando a vida era feliz
precisavamos de muito pouco
o que tinhamos era  muito amor
e muitos sonhos.
 
quando os sonhos se realizaram
já não tinhamos mais os sonhos
e nem tão pouco amor.
 
Nem sempre o que sonhamos
nos faz feliz.
carros, casa, titulação, concursos, empregos
sem amor não são nada.
 
Quando a vida era feliz
nos abraçamos e dizemos
que nos amariamos
 até numa casinha
com farinha e sal pra comer.
 
Mas nossos sonhos foram mais altos
e nos perdemos neles.
 
Paulo Cristiam Mendonça, 03 de dezembro 2012.
 
 
 
 



sábado, 17 de novembro de 2012

Ao sabor do vento

 
Hoje acordei feliz
senti que o mundo era maravilhoso
velando o seu sono.

E assim foi por muito tempo
até que um dia acordei
e você não estava lá.

A vida é como um rio
vai passando
...
vai indo e não volta.

Me sinto como uma folha
flutuando em espumas
ao sabor do vento.

Paulo Cristian Mendonça, novembro de 2012.

Resgate



Resgate
 
É necessário ser verdadeiro
 resgatar os valores da juventude
 que a experiência e os cabelos brancos
 já não têm mais.

Não consegui mudar o mundo
 mas deixei que ele me mudasse
 espero não ser tarde
 para recomeçar de onde deixei de ser
 eu mesmo.

Paulo Cristian, novembro de 2012.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Você se lembra?

Você se lembra?
Nós ocupamos as praças
pintamos a cara
vestimos vermelho

choramos em desgraça
comemoramos em graça
pelo nosso apelo

Unidos com o povo, com o trabalhador

Você se lembra?
Na porta das empresas
nas passeatas na rua
fazendo piquetes

negociando nas mesas
gritando ao governo
levando cacete

Unidos com o povo, com o trabalhador

Você se lembra?
É a nossa essência
Essa é a nossa estrela
é nossa bandeira!

Que não se perca a esperança
Que não se perca a lembrança
Que não se perca o amor

Unidos com o povo, com o trabalhador

Você se lembra?
Não se renda ao poder
não se venda ao poder

Você é livre
para pensar
para falar
para amar

Unidos com o povo, com o trabalhador

Lembre-se!

Paulo Cristian Mendonça

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

seduzir

E se um dia eu disser será que rola?
Mas posso eu estar mentindo
só pra tirar de ti uma centena de gemidos.
só para te fazer de mola, se assim eu disser.
O amor não está nas palvras
não se entregue pelas falas
Busque as ações de quem amas
nos corações é que está a chama
que pode te levar pra cama
não se deixe enganar...
Mas se eu te amasse
faria se sentir única
se versos eu cantasse
seria de uma única música
uma canção que faria para ti.
Mas vc ri e não acredita
tudo que queres são palavras ditas
tão fugás como uma tinta
que colore a mentira que queres ouvir
se assim que preferes vou mentir
só pra arrancar uma centena de gemidos
antes de dormir.

Paulo Cristian Mendonça 08/12/2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

pássaros coqueirais
saudade voraz

Praia sol e mar
areia teu cantar

A lua dos amantes
ter vc nesse instante

Lual Lual Lual
Salvador ouou ououou

que festa
alegria que resta

é o amor
é o amor ouou ououou

O trio toca
nossa canção

que lindo
amor de verão

Um beijo na boca
o corpo suado

a vida é louca
abraço apertado

Lual Lual Lual
Salvador ouou ououou

que festa
alegria que resta

é o amor
é o amor ouou ououou


Paulo Cristian Mendonça 06/12/2011

Reconquista

como era lindo o teu olhar
de mulher apaixonada
de fêmea no cio.

Como era lindo o amar
nossa vida amada
passou como um rio.

Teu corpo quente
não largava do meu
nem teu coração.

tua imagem na mente
eu era seu
sem pudor nem razão.

Onde estás?
teu olhar de desejo
não fitas mais em mim.

Me verás
na lembrança de um beijo
que um dia destes em mim.

Pois o amor não se apaga
não totalmente
és a minha flor.

Pelo carinho que de mim afagas
reconquistarei lentamente
teu lindo amor.

Paulo Cristian Mendonça 06/12/2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

Mulher de mímica

Mulher de mímica

Em minhas mãos
Barro e argila
Invisíveis.

Feita em mímica
Surge invisível
Uma linda mulher
Baila em meus braços
Baila entre o céu e as estrelas.

Pura mímica
Pura magia
Aos meus olhos
Aos olhos teus.

Mas vive
Concreta em meu coração
Bailando, virando
Apenas barro e argila
Em outras mãos.

Paulo Cristian 27/04/01

Brasileiro

Brasileiro

Sou branco, índio e mulato.
Sou negro amarelo e pardo.
Sou brasileiro e tenho sangue miscigenado.
Não sou jovem alienado.

Sou a mistura do opressor e do oprimido,
Do explorador e do explorado.
Sou herdeiro do ganancioso e do atrevido,
Do povo feliz e sofrido.

Sou brasileiro de várias cores,
E não vejo seus valores.

De Portugal vieram as naus,
Transformaram o belo em colonial,
O nativo foi pro mato cortar pau,
O negro veio da África, plantar canavial.

O nativo morto em seu quintal,
O negro escravo do tronco pro canavial,
Fazer açúcar para meus senhores de Portugal.

Sou branco, índio e mulato.
Sou negro, amarelo e pardo.
Sou brasileiro e tenho sangue
De povos exploradores e explorados.


Paulo cristian Mendonça 20/03/1999

Velhas canções

Velhas canções

Canto uma canção de um tempo distante
Tempo esse que não volta
Era um tempo bom.

Canto uma canção onde tudo era alegre
Tão longe de voltar a ser assim.

Caminho por vários lugares
Como queria caminhar para trás
Lugares que passei e vivi
Tão longe do que eram.

Caminho pelo mundo
Por onde ficaram portas abertas
As portas que fecham
Estas guiam meu destino.

Não sei o que sou
Pois não sei mais contar histórias
Nem mesmo meu olhar guarda mais segredos
Como velhas canções esquecidas.

Paulo Cristian Mendonça 18/01/1999

Inverno no Vale

Inverno no Vale

Sentir-se como um vale em pleno inverno,
sem folhas, sem frutos, sem vida
ou como um deserto sem esperança
um oceano profundo
num olhar de lágrimas.

Ouço cânticos presente dos dias tristes
Sem vida
Apenas o som de um rio passando
Sem volta
Porque as folhas caem?
Onde ficou o verde?
Os galhos balançando com o vento
Transmitindo a dança frenética da natureza?
Onde está a vida?
Um sorriso?

Uma lágrima...

Um céu negro!
Um sol fosco!
Uma lembrança sem rosto!
Sem chuva!
Sem verde!
Sem lua!

Eterno vazio.
Sem esperança.
Sem vida.
Ou um sorriso de criança.
Sem malícia.

Transborda no intimo do meu ser
Sentimentos que me sufocam
E matam meu mundo
Inunda como o oceano
Ou o universo triste
Sozinho
A natureza em meio ao inverno
Ou um deserto sem vida
Ou um pássaro sem asas
E sem ninho.


Paulo Cristian Mendonça 05/11/1997

Para trás

Para trás

Caminhar passo a passo
Para traz um pedaço.

Um espelho d’ água no olhar
Sofrimento ao lembrar.

Nova trilha,
Um sorriso.

Um presente em forma de rima,
Canta-se o oceano num passado de sonho.

Uma lágrima nubla horizontes,
Tempestade em tristezas constantes.


Paulo Cristian Mendonça 1997

O vôo I

O vôo I

Quando fores embora
E a brisa tocar-me de leve
A noite cairá de mansinho
O tempo passará sem demora
Contando as estrelas
Alguém no banquinho chora

Seu canto está longe
Teu olhar...

Voa passarinho pelo mundo a fora
Quando vir o mar
Sentirás o vento no litoral
Lembrarás de mansinho...
Dos teus olhos o gosto de sal

Mudo fez-se o meu cantar
Triste teu olhar
Voa passarinho
Percorre sozinho teu caminho

Os dias vão passando
As tardinhas vão chegando
E lá vai o passarinho ver o mar

Paulo Cristian Mendonça 29/03/1999

Razões

Razões

A música me faz lembrar
Daquela que torna
Meus dias
Mais felizes

Como se arrebatado fosse
Pelos meus sentimentos

Busco na glória
De minhas lembranças
Razões que me confortem
Da distância dos teus braços

Por lágrimas escrevo
E entre elas me perco
Para que um dia
Me aches em teus lábios

O amor fez-se assim
Para que se escreva
Em meu peito
Poemas eternos.

Ao teu lado
Perece o homem
E fortalece o espírito
Em canções belas que transbordam
Um coração de poeta


Paulo cristian Mendonça

O vôo II

O vôo II

Vai de mansinho
Saia bem devagarzinho
Quero ficar sozinho

Respirar um pouco
Sem ficar louco
Mas saia
Não sou forte
Nem sou tolo

Mas saia
Voe pelos campos
Sobre os mares
Sobre as avenidas
E os bares

Deixe-me aqui sozinho
Acostumando-me
A ficar sem você

Vai de mansinho
Que tudo passa
Até não restar
Mais lembrança
Vai
Tudo passa.

Paulo cristian Mendonça 13/10/2000

Um verso de amor

Mulher de coragem
Faço a ti
Um verso meu
Onde tão pequeno
Me encontre
Em teu colo
E tão grande
Eu me lance
Em teu amparo.

Porque és mãe.

Faço a ti
Um verso meu
Onde tão carinhoso e amável
Eu me encontre
Eternamente
Como nunca fui.

Que tão grande
Seja o meu reconhecimento
Por seu amor
Força e luta.

Faço a ti
Um verso meu
E agradeço a Deus
Por ele ter criado
Um verso de amor
Chamado mãe.

Paulo cristian Mendonça para dona Romilda

Viva

Viva
respire
ame a vida
seja linda
seja bela
que nem uma aquarela
em chuva e flor
seja como um jardim
deixe a vida brotar em tí
encontre a mim
ou a outro que te faça feliz
mas viva
encante os amantes
voe como passaros
mas viva
espalhe também
as sementes de vida
pelo mundo afora
esqueça a tristeza
que vivera em outrora
simplismente viva!

Paulo Cristian Mendonça 03/12/2012

sábado, 23 de julho de 2011

Minha Alagoinhas



Minha Alagoinhas

Sou baiano de Alagoinhas
Descanço a sombra da Igreja Velha
com saudade das tardinhas
das lindas primaveras.

Dos amigos da praça Ruy Barbosa
que nunca mais os vi
resta a lembrança calorosa
que ainda posso sentir.

Um sorvete na Delícia
entre os casais de namorados ali sentados
e logo vejo teus olhos de malícia
nos meus olhos encantados.

Na quela vidinha de interior
das tardinhas na pracinha
de maos dadas ao meu amor
vive na saudade minha.

Tinha grito de micareta
anunciando ao povão
da festa porreta
que morava no coração.

era festa bonita
violência tinha não
só namorados se formando
no meio da mutidão.

Alagoinhas, os laranjais cadê?
Suas lagoas onde estão?
memórias antigas a de ter
para a nova geração.

Sinto falta de correr no campo,
de colher uma fruta,
de pescar na fonte,
de subir os morros.

é lembranças não tem rimas...

Sou de Alagoinhas Velha
mais já fui da nova
Já vivi a pecorre-la
entre rodas de amigos
ao caminho da escola.

Sou um sonhador entre o tempo
na doce recordação da infância
que caminha ao vento
e toma nova distância.

Vou sumindo ao longe
no trem da estação
que se perdeu ao tempo
mas vive no meu coração.

Minha Alagoinhas


Paulo Cristian Mendonça
22/07/2011

sábado, 4 de setembro de 2010

Saudades da Barra

Que saudade
Da infância na Barra
das ondas do barra vento
do entardecer na balostrada
do por do sol no farol.

Da cerveja na areia da praia
dos mergulhos coloridos
das sereias desfilando
dos versos proferidos.

Que saudade
Do Bahia de Todos os santos
dos amigos que lá deixei
dos amigos que de lá se foram também
por onde andam não sei.

Que saudade
das brincadeiras infantis
das namoradas juvenis
dos carnavais alegres
da vida mais que perfeita
mas que foi breve.

Que saudade
Da minha madrinha querida
do meu padrinho querido
daqueles momentos da vida
que eu tinha vivido.

Era um refúgio amado
uma realidade de fantasia
um portal de felicidade
que em minha vida se abria.

Que saudades!

Paulo Cristian 04/09/2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nostalgia

Estou cansado
Acho que muito vivi
com o coração apertado
nem sei se sou feliz.

Estou nostálgico
entre lembranças antigas
de um tempo mágico
recordações da infância querida.
(que os anos não trazem mais)

Sorrisos, abraços e beijos
se misturam
a lágrimas, traços e anseios
misturados a tua formosura.

Não há preço que se pague
que faça voltar
os doces anos que se guarde
da infância ao altar.

E velho me encontro
na cadeira de balanço
recordando meus doces anos
a soluçar.

Paulo Cristian 02/09/2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A vida a dois

A vida a dois

Hoje a noite foi singular
sem lua só chuva
e você nua a me amar.

sonhei a muito tempo
uma casinha e uma varanda
trazidos pelo vento
uma menina e uma lembrança.

Não sou de todo um sonhador
mas construi em mim
versos de amor
dos tijolos que tirei de ti.

Mas o tempo foi passando
você cozinhando e lavando
a gente trabalhando e brigando
e nosso amor desgastando.

Foi-se o respeito
Foi-se a proteção
Foi-se o carinho do peito
Chegou a solidão.

E o passado foi esquecido
e tambem o querer bem
o divórcio teve início
doa sem se importar aquem.

novos sentimentos surgiram
como o recentimento e a mágua
arrependimento e a raiva
e destinos opostos seguiram.

Não sei o que é felicidade
só sei que é ligeira
e até no amor e na amizade
ela foi passageira.

Paulo Cristian 13/08/2010 02:35 am.

domingo, 1 de agosto de 2010

Entre pais e filhos



Entre pais e filhos

Os jovens são feitos de sonhos
os amores se tornam sonhos
as ideologias se tornam sonhos
logo os sonhos se tornam a vida
e os jovens sonhos.

Os pais são feitos de tradições
amores que se tornaram tradições
ideologias que se tornaram tradições
logo as tradições se tornaram a vida
e os pais tradições.

Os filhos são feitos de sonhos
o novo se torna sonho
o novo tranforma a tradição
logo revoluciona-se a vida
e os filhos dos pais as ações.

Paulo Cristian Mendonça
Por um Brasil melhor!
Conde-Ba, 01 de agosto de 2010.

domingo, 11 de julho de 2010

Quem dera uma taça de vinho
sem um cale-se

Quem dera falasse
pelo menos um dia

Quem dera que me amasse
na sua covardia

Quem dera quem dera
que fosses minha um dia

Estrelai em mim teu céu
qual tatuagem de dragão

Estrelai em mim
qual espetaculo em palco

Opaco meu desespero sem ti
opaco na escuridão

Quem dera os anos não passassem
ou a lua brilhando ao tempo

Quem dera meus sonhos não apagassem
ou vc ainda sem lamento.

Laços eternos
Amor eterno

quem dera quem dera
ainda restassem sonhos ternos.

Paulo Cristian Mendonça, Conde-Ba, Brasil em 11/07/2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Quem sou eu?


Quem sou eu?

Um poeta marginal
que ama beijar na boca
e ama fazer amor.

Alguem que adora o perigo
que anda com as pessoas erradas
anda de skate a 21 anos
aos 32 começou a surfar
e aos 33 ainda não aprendeu direito.

Ouve Bob Marley, charlie Brow, detonáutas, racionais, ponto de equilibrio e se amarra em capital Inicial.

Quando tah inspirado ouve Red hot, Nirvana.
Quando tah deprimido vai de Adriana Calcanhoto, Ana Carolina, Djavan, Caetano...
E o que tah tocando no radio.

Alguem que ama a vida
mas não sabe o sentido dela.
Que ultrapassa etapas
e traça novamente objetivos.

Alguem que quer redescobrir a felicidade.
Embora saiba que ela dure
muito pouco tempo.

Alguem que não sabe se
termina de ler
Feliz ano velho do Marcelo Paiva
ou se tecla no msn com alguem legal pacas.

Queria pular de para-quedas
ou paraquedas
é tanta reforma que nem sei.

Sou um professor de literatura
que ama o que faz
nas piores condições de trabalho
(educação no Brasil é vergonhosa)
Mas vou andando devagar...

Alguem que toca violão
acompanhado de notas vocais horriveis
(canto muito mal)

Esse ano quero malhar
usar aparelho dentário
dar mais atenção a minha filha
ser mais brincalhão
namorar muito
mudar a vida e o visual
dar um Up grade
sair por ai
dirigir a noite (adoro)
ouvir minha música preferida
e ser feliz.

Paulo Cristian Mendonça em 19/02/2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

Flores secas


Flores secas

As vezes me perco
em copos
garrafas
drink's

nestas vezes
não sou feliz
não estou feliz

o amor não é forte
nem como fogo
nem é vermelho
é singelo como flores

flores que murcham
que secam
se não forem regadas
mas isso eu já te disse
há uns anos atrás

sei que já fui belo
sei que já fui romântico
mas tudo acaba um dia
até nós

Não adianta
ter beleza
cabelo com luzes
sombra nos olhos
roupas belas
e perfumes caros
se não se sabe amar

Mas cada um vê de um jeito
esse é o meu
o seu são meus defeitos
por isso me perco

Cada um tem o dom de ser feliz
e a felicidade não depende do outro
mas de si mesmo
nem sempre foi assim
mas hoje é

não se apaga a lembrança
nem as fotos
nem se prende uma alma
não se apaga o que
se vive com o outro
nem momentos bons
nem momentos ruins

a vida nos mostra caminhos
destinos diferente
iguais as vezes
mas o nosso acabou

Era só isso?
Pra que existiu
se não era infinito?
Aprendi que nada é infinito
nem eu
nem você
nem essas flores

Paulo Cristian Mendonça 20/02/2010

Auto-análise



Auto-análise

Eu não sou o que vc pensa
sou pior ainda

eu erro
sou de carne e osso
humano talvez
ou um animal sentimental
o veneno que te faz bem
ou o remédio que te faz mal

Seu sonho magnífico
ou seu pior pesadelo
uma viagem ao céu
ou um mergulho no abismo

Mas lágrimas caem
nesta manhã de luz
pelo pecado cometido
pela mentira deslavada
por eu ser assim

se me sinto assim
talvez haja esperança
talvez eu tenha jeito

Mas não quero
que se perca a me emendar
não lhe condeno
a viver assim

Você é livre
sinta-se livre
se quiseres voar

Deixe-me aqui
olhando o chão
lamentando não ter mais você.

Acho que mereço.

Paulo Cristian 07/02/10

Embreaguês


Embreaguês

Eu não sei
são tantas voltas
me perco
assim sem você

São novos sonhos
um new way talvez
ou um carp dien ilusório

A ilusão
me faz temer
a esperança
de dias melhores
me dá forças

Abro mas uma garrafa
num fim de tarde
frente ao mar
lembrando você
Que talvez nem lembre de mim

teus olhos vivos
teu cabelo
teu sorriso
teu beijo

ao som de Adriana
depois de Ana Carolina
Caetano

tudo me faz lembrar você

Outra garrafa
já em transe
imagino o futuro
sem você
com você

as ondas vem
as lembranças se vão
como pequenos barcos
que deixam corações em terra
como pequenos peixes
tragados por tubarões

O mar azul
o ceu azul
ondas surfadas
areia alva

um copo
várias garrafas
uma mesa
tudo me faz
lembrar você

eu aqui
em algum lugar
sem vc

e nem falei
que te amo
hoje.

Paulo Cristian 07/02/10

A lembrança


A lembrança

Nós nos olhamos
Nós nos beijamos
e acordei só

com a lembrança
do oceano
dos longos cabelos
do luar

A brisa leve
a pele quente
paira na mente
lentamente
se vai
por que quer

a lembrança...

Paulo Cristian 05/02/10

Se sentires a minha falta




Se sentires minha falta
procure-me em nossos sonhos
estarei entre eles de mãos dada
com nosso sonhado filho

Estarei naquele banco de praça
apertando a tua mão
para que não tenhas medo
estarei aqui para sempre
estarei na UNEB
que é fruto dos nossos sonhos.
Estarei lá eternamente
tentando ser alguém pra você

Se sentires minha falta
procure-me em cada skatista que ver
estarei em cada calça larga
em cada ollie flip que presenciar
procure-me em cada casal apaixonado
em cada criança que sorri
pois eu estarei lá

Estarei em qualquer verso que encontrar
estarei em seu próprio verso
pois você me amou um dia
Procure-me nas lágrimas
afinal são tantas
assim como estas
que rolam do meu rosto agora

Estarei lá no elevador Lacerda
olhando para a baia de todos os santos
te procurando

Se sentires minha falta,
procure-me dentro de ti
pois aí sou como uma gaivota voando
sou como um filho que foge para a rua

Estarei na neblina que circula seus sentimentos
estarei ao teu lado quando dormir
serei o gato no telhado
estarei no anjo do quadro que te dei
mas serei abstrato quando você acordar

Se sentires minha falta
sinta o cheiro do feijão tropeiro
que eu estarei lá
lembre-se do violão que me deu
tente ouvir as notas e eu estarei lá
seja sincera e amável com os outros
respeite a liberdade
seja menos possessiva
e eu estarei lá

Se sentires minha falta
procure-me em nossos sonhos
em nossa história
em nossas lembranças
Procure-me dentro de você
e eu estarei lá

Se eu não mais existir em você,
então não estarei em lugar algum
mas mesmo assim você viverá
eterna em mim
porque ainda te amo.


Paulo Cristian

Um pedido



Um pedido

O que peço,
todos pedem,
ser amado,
ser lembrado,
visto quê,
pedir é quase
impor.
não serei assim,
peço com o coração,
se amado for,
e todos são,
esquecido não à
de morrer,
enquanto dure o amor.
peço as estrelas,
que tão só não se encontrem
meus versos,
que tão distante,
o teu coração me
guarde,pois só
se morre quem
não cativou
o amor.

Paulo Cristian Mendonça

Manto negro


Manto negro

Envolto a um manto negro,
encontro-me perdido no ermo.
Solitario caminho que travo,
luta que estende-se ao corpo
inteiro,
sangue podre,escorre na veia,
longe do mundo inteiro,
encontradiço entre eles,
esbanjam um tiro certeiro.
Pobre de mim,pobre são os
anjos do manto negro,
a familia chora,
os amigos...
Não tão amigos o serão,
e em um poço profundo
travo uma luta comigo
mesmo.
Espero a morte em um unico
tiro certeiro,
tiro que venha da minha mão,
mão que treme de medo,
ou que se tenha compaixão
e que se encha de vida
em coro ligeiro.

Paulo Cristian Mendonça

Portal da alma

Portal da alma

Lindos olhos
verdes esmeraldas
florecem sonhos
portal da alma
triste as vezes
sente falta
sozinhos sentem
um mar de calma
algumas ilusões
perdidas entre canções
olhos que vêem
vão além do muro
verdes,lindos
portais do mundo.

Paulo cristian

Mundo



Mundo

Centro de ilusões,
feito de palavras,
varias visões,
um ,dois,mil
mundos,
em um só olhar.
Mundo...
Qual seria o real?
O meu, ou o seu

Paulo Cristian

Em algum lugar do passado


Em algum lugar do passado

Perdido em teu
preto e branco
encontro um amor
um conto.
Porque nasceras
distantes em
tempo?
Perdida em outra
era,
não entendo.
Me lanço em teu
encontro.
Preciso de uma
maquina do tempo,
angustia minha,
desespero meu,
fecho os olhos
e sonho,
não para me encontrar
no preto e branco,
mas para acordar
no colorido do
seu canto.
Há meio seculo
entre mim e te,
e nem ao menos
te conheci,
por um retrato
me apaixonei,
no preto e branco
do registro seu,
de um dia feliz.

Paulo Cristian Mendonça

As margens do esquecimento


As margens do esquecimento

Minhas lágrimas caem por um
descontentamento, se aos que
sirvo nem o mínimo
retorno.

Na beira do abismo só um justo
grita e na despedida salta, grita e morre.

O povo esquece, os companheiros
esquecem , a vida se esquece e
quem fora ele um dia?

As margens da história, urgiram e
urgem os descontentes, como se
não houvessem existido.

De lágrima em lágrima e de justo
em justo o copo transborda,
e quem serão esses novos?

Minhas lágrimas caem e são lágrimas
do povo, mas nem o mínimo me vem
e salto, grito e morro.

Paulo Cristian Mendonça

As Ritas


As Ritas

Buarque cantou a Rita que lhe deixou
há trinta anos atrás , a Rita que lhe
deixou mudo o violão.

A quatro a maldição das Ritas retornou
e roubo-me o coração ,acho que não era
a Rita de Buarque e nem minha acho que
era então.

A Rita deixou-me realizado em parte
de meus sonhos, mas levou consigo a
outra metade, o meu e o seu coração
e o nosso sonhado filho

A Rita de Buarque também acabara com
teus planos, não sei se viveras de encantos
e enganos, mas a Rita que conheci deixou-me
versos e cartas em juras de amor.

Calou-me o peito, libertou-me a lágrima
e tirou-me o que me é de direito, o poder
de amar.

Talvez a Rita de Buarque não tenha sido
tão má assim com ele, pois Buarque ainda
ama e tem forças para tocar em seu violão
canções de amor.

Hein Buarque, as Ritas que passaram em
nossos versos foram mais que lições da vida,
e te confesso que depois da minha Rita, não
voltei a amar ainda.

Paulo Cristian Mendonça

Nau


Nau

Nau roubo-me o coração
O levou de Itaberaba
E não devolveu não.

Deixou comigo meus
sonhos e meus devaneios
mergulhados na solidão.

Voltou para Teixeira de
Freitas, arrancando-me
antes o último beijo de
treita.

Voltei para Alagoinhas
onde a saudade ainda
caminha e pergunta pelo
meu coração.

Se eu voltar a lhe ver
Nauciliene em uma
premissa perfeita, que
esquadrinha, junta e
aceita, lhe roubo
também o coração.

Paulo Cristian Mendonça

Premissas de um novo tempo


Premissas de um novo tempo

Abre as premissas companheiro,
canta a liberdade pro mundo inteiro,
serão novos dias que se aproximam,
e desse chão se levantarão os espíritos
dos nossos guerreiros tupis, também
o sangue negro do nosso herói Zumbi,
e nos guiarão pelos mares de desatino.
Não mais haverá gritos e nem lágrimas
e tudo será de todos e melhores dias virão.

Paulo Cristian Mendonça

Um olhar


Um olhar

Porque não me olhas
ò dona da minha sorte’,
se pelos corredores te
persigo com meu olhar
e nem ao menos cruza
com o teu.

Se não percebes, talvez
não me queiras ,mas se
me quiseres, acabe com
a tristeza dos meus olhos.

Olha-me e sorria, sorria-me
como sorri diariamente pra
vida e me liberte a alegria
de apenas cruzar o teu olhar
com o meu.

Paulo Cristian Mendonça

Airosa Nau


Airosa Nau

Nau, que do perfume
Que me permites aos ares
mais puros, és doce convite,
airosa Nau.

Que do pólen de sua empatia
tiro o meu sustento e vivo
assim de amor levado pelo
vento.

Pousando em teus braços
leves de algodão em pele
de cetim.

Oh! Nau que minha vida
deste sentido, que tão grato
sou por teu amor, que me
enches de alivio.

Agradeço-lhe minha felicidade
e retribuo com amor e lealdade,
minha airosa Nau.

Paulo Cristian Mendonça

Canção de liberdade


Canção de liberdade

Caboquinho canta na gaiola,
seu canto livre levado pelo vento,
trazendo alegria aos desatentos,
que não perceberam que o canto
é um chorinho de lamento.

Caboquinho canta na gaiola,
como cantou Raul, Gil e Caetano
o rock e a canção dos novos
baianos, reprimidos e esquecidos
pela história.

Caboquinho canta na gaiola
e desperta o zumbi,Che e
Lamarca, liberta em canção
suave Olga Benário, que vive
nas notas de Elis.

Caboquinho canta na gaiola
e é uma canção de libertação,
é chegada a hora de um novo
tempo, novos dias de revolução.

Paulo Cristian Mendonça

Lua morena


Lua morena

Minha lua morena
de beleza serena,
serena o nosso amor.

Nosso amor está distante
que nem a lua dos amantes,
distante do sol em clamor.

Minha rainha menina
canta, brinca e esquadrinha
a minha amarga sina.

Sina minha é amar tua
lembrança, que nem
fantasia de criança,
que cria, ama e imagina.

Imagina o nosso amor
embrenhado de esperança.

Paulo Cristian Mendonça

Calor e Paixão


Calor e Paixão

Com tanto amor
caminhei na areia
Virei um cantor
amei uma sereia.

Assim sou eu
assim todo seu
como uma criança
nos seus braços canta

Perfeita flor
explode o tesão
queima de calor
Ardente paixão

Paulo Cristian Mendonça em 22/10/2007

Sou cristão


Sou cristão

mas não creio num Deus de vingança,
nem num deus,
creio na Força Divina da Criação,
sem literatura,
sem explicação.

Esse Deus,
não puni os incrédulos,
não puni os pecadores,
pois esse não tem religião,
as religiões o tem
e fazem dele
o mal ou o bem.

Paulo Cristian 22/10/2007 às 23h50

Meu Quintal


Meu Quintal

No quintal da minha casa
vive o atlântico,
é um pedacinho do nada,
cheio de encanto.

Lá vive meus risos
Lá vive meus sonhos

O quintal da minha casa
é a Praia do Sítio,
é um sonho realizado,
meu suado sonho.

É lá que eu vivo.
É lá que eu canto.

Paulo Cristian 23/10/07

Amor Virtual


Amor Virtual

Como é bom te ver de novo,
todos os dias,
no meu orkut,
meu semblante melhora
ao te ver.

Linda,
serena,
morena.

Luz que me encanta,
boca que acalenta,
és minha amada,
vive,
canta,
sorriso criança.

Amo tua visita,
tua palavra infinita,
recado agraciado,
teu semblante amado.

Versos pós-modernos,
criança que brinca,
sorriso de menina,
versos em caderno.

Século XXi,
aproxima os poetas,
sou mais um,
que vive em festa.

Noites ganhas,
em frente a net,
postando manhas,
versos compartilhados,
sempre alegres.

Ó amada,
doce inspirada,
Que tu falas?
Que teclas cala?

Amo-lhe,
sou teu,
ofertando - lhe,
o verso meu.

Amar-te-ei.

Paulo Cristian, em 26 de outubro de 2006


Bailarina

Baila no ar suave rima
Ó oceano!
Num coração de menina
Ó terra!
Mostra tua doce sina
Ó ar!
Colorida bailarina
Ó fogo!

Purifica os oceanos,
Bailando,
São os doces anos,
Vivenciando,
Vento soprando,
levando.


Minas de Diamante,
Ó vida
Lâmina cortante,
Ó sorte,
Veja o semblante,
Ó Deus.

Cintilante vivente,
bailarina
cativante e inocente,
menina,
amante iniciante,
linda.

Paulo Cristian

Sobre todas as trovas


Sobre todas as trovas

Pelo homem que a ama
todos aqui sumiram
poema amado de cama
a trova que eles viram.

a trova que eles viram
não sei onde parou
foram versos que sentiram
ninguém mais me amou.

ninguém mais me amou
êta minha triste sina
os versos que ela cantou
quem me dera uma menina

quem me dera uma menina
uma deusa, musa de verão
que dure uma primavera ainda
e deixe saudades no coração.

e que a mesma ninguém engana
contrariando uma união
explode a alegria e inflama
ai que dor no coração

o sol é meu abrigo
eu que o diga Giuliana
no nordeste é que vivo
viva o sol minha gauxona

só riu com essa trova
que bela diversão
une poetas numa nova
todos deste brasilzão

nos versos desta trova
que renasce o resplendor
castro alves versou a história
negra contada pelo condor.

Negra contada pelo condor
novos movimentos que afloram
sentimentos, emoções versou
novos dias, nova aurora.

Novos dias, nova aurora
neste século vinte um
tecnologia para a prosa
versando sou mais um.

Versando sou mais um
neste novo caminho,
quem me dera ter mais um
dificil, grande desafio.

Paulo Cristian

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Perdida nas Estrelas


Perdida nas Estrelas

Sentado na calçada
eu estava lá
olhando as estrelas
pensando em você.

Meu benzinho
esta bem longe
onde andará você?
perdida nas estrelas
já vai amanhecer.

Volte logo benzinho
siga o farol
ilhado aqui estou
pelo seu amor.

Paulo Cristian em 1999

Inspiração



Inspiração

Sem ti o vento nada sopraria
o orvalho seria só água em flores
as flores nem mesmo teriam cores
sem ti nem palhaço faz rir
nem existiria o arco-íris.

A tinta no quadro seria só tinta
a bela seria só uma sombra na janela
a lua não iluminaria os namorados
os rios estariam parados.

Sem ti o poeta não vive
a pena não corre
a tinta não acaba
o papel fica em branco
os versos não existiriam.

Sem ti o nosso mundo
seria um eterno vazio.

Paulo Cristian Mendonça

Escravizado

Escravizado

pela primeira vez
mudei meu endereço
fugi de mim mesmo
nem me reconheço.

Moro em outra vida
preso em um só coração
de uma linda menina
que mima e escraviza.

canto o seu canto
como da sua comida
rezo pro seu santo
tenho esperança ainda.

bebo da tua fonte
a água da vida
tão estreita ponte
abismo que me alucina.

Paulo Cristian 06/01

SOS Brasil


SOS Brasil

terra do tronco, chibata e fuzil
contando as histórias
em honra e glória
as margens do pesadelo
profana memória.

Vida de medo
deitado em meu leito
esperando minha hora.

só mudou o cenário
a luz de vela
cheira a senzala
a minha favela.

Os feitores de farda
deixaram a chibata
para usar balas
me vêm como praga
exterminam minha raça.

Sou humano
uso jaqueta importada
tomo coca-cola
e não sei de nada.

Apontam um cano
pow pow pow
mais um filho sem pai
mais um negro na estrada.

Só um corpo
só um número
sem história
sem nada
sem rumo.

SOS BraZil
terra do tronco
chibata e fuzil.

Paulo Cristian 07/01

Numa noite

Numa noite

Numa noite de lua dessas
vou sair pelo mundo
vou voar sem pressa
mergulhar bem fundo
num coração de donzela
que me recebas mudo
que se torne tudo
que seja sempre bela.

Numa noite de lua dessas
vou pegar o bonde da amizade
vou fazer festa
convidar toda a cidade
chamar meus amigos
que a tanto não vejo
desculpar-me a outros
meio cabisbaixo e sem jeito.

Numa noite de lua dessas
vou acordar deste sonho
meu olhar coitado
cansado e tristonho
vou ver a lua iluminando:
a cidade, a donzela e meus amigos
eu aqui os olhando
os admirando da janela.

Meus versos cantando
tão distante sonho
meus impossíveis contos
tão medo tamanho.

Paulo Cristian 07/2001

Sobre o rio


Sobre o rio

tamanho amor
tamanha noite
treme de frio
frio não, é de calor
sobe um arrepio
se tu tem amor.

Cala-te
vem devagarzinho
enche de sabor
essa vida de menino.

Acolhe em teu ninho
o meu sonhado destino
voa comigo meu passarinho
sem rumo e sem castigo.

Bailar pelo ar em desafio
fazer amor sobre o rio.

Numa nevoa passageira
entre o céu e as estrelas
enchendo de calor
a relva do sitio.

tamanha noite
tamanho amor
em teu ninho.

Cenário Lindo
feito de amor e pecado
no coração do menino
pela primeira vez amado.

Paulo Cristian Mendonça em 07/01

Virgem


Virgem

Puramente virgem
como o universo intocado
o próprio verso não escrito
intocado em meu ser.

Puramente uma flor em curvas
o perfume de cama sonhado
tão bela, tão doce...

Meramente sonhada
sem se dar o desfrute
sem nenhum leito deitado.

Poema das noites frias
solidão da pernoite cantada
viva em versos
meu bem querer.

Encontre um dia o meu canto
e siga-me, siga-me
tenho o céu e as estrelas
imensidão do meu eu
poético ou não.

Só seu, minha ilusão
te esperando
cantando pra ti
cavalgando pelo espaço
na nebulosa suplica
da minha pena.

Em um despertar carinhoso
continuando meus castelos
no carrossel de sentimentos
inexplicáveis...

Tornando a folha branca
num emaranhado de mundos
acordando o criador
existente em mim ou não.

Siga-me, siga-me
tão bela, tão doce
minha ilusão.

Para o eu poético
existente em mim
que venha a inspiração.

Paulo Cristian Mendonça 06/2001

A chuva no telhado


A chuva no telhado

Quando a chuva cai no meu telhado
Minha casa se enche num coro
são os pingos de melodia
Trazendo aos meus, alegria.

Quando a chuva cai no meu telhado
é sinal de início de festa
da varanda observo os pingos escorrerem
as crianças lavando a alma
a chuva marcando suas infâncias.

Os pingos de chuva invadem a minha casa
e os baldes nas goteiras aumentam a melodia
é um correr pra lá e pra cá aparando tudo
e a imaginação a esta altura cria asas.

A esta altura não sei onde anda os meus
perderam-se pela vida em pingos passados
alguns viajaram, outros dormem eternamente.

Quando a chuva cai no meu telhado
desperta lembranças boas, tempos distantes
e eu aqui da varanda ouvindo...
Os pingos caindo no meu telhado.

Dedicado a minha avó Antonieta Andrade Mendonça
Paulo Cristian em 18/11/2007

Corre corre


Corre corre

escreve Caminha
palavras belas
da terra minha.

Corre corre
tira tinta
pega ladrão
tanto rouba e mata
quanto estupra
êta filho do cão.

Corre corre
curumim
sua cultura vai sumir
se esconde na mata
jesuíta tá aí.

Corre Corre
come açúcar
êta negro fujão
no Canudos tem rapadura
atira atira
revolução.

Corre corre
coroné
la vai o lucro
do café.

corre corre
vem um tal
de industrial
estudantes da união
o petróleo é nosso
meus irmãos.

Corre corre
olha o condor
some e morre
ninguém sabe quem matou?

corre corre
esconde o jogo
vende uma estatal
êta brasileiro burro
parece filho colonial.

Corre corre
cuidado
com o neo-liberal
êta ladrona da porra
uma tal de multinacional.

Corre corre
Caminha
tanto sangue
nesta terra minha.

Poderia eu hoje
escrever com os olhos
de Pero Vaz de Caminha?

Paulo Cristian 06/2001

Mulher de mímica


Mulher de mímica

Em minhas mãos
Barro e argila
Invisíveis.

Feita em mímica
Surge invisível
Uma linda mulher
Baila em meus braços
Baila entre o céu e as estrelas.

Pura mímica
Pura magia
Aos meus olhos
Aos olhos teus.

Mas vive
Concreta em meu coração
Bailando, virando
Apenas barro e argila
Em outras mãos.

Paulo Cristian 27/04/01

Falsa Promessa


Falsa Promessa

Desço a rua
Sem eira nem beira
Descompassado.

Ouço:
- Sou tua, sou tua!
Sem eira nem beira
Foi no passado.

Desço a ladeira
Lindo porto
Sem lua.

Quebro a madeira
Anjo torto
Hum!
Saudade tua.

Sento na cadeira
Olho o horizonte
E ouço:
-sou tua, sou tua...

Paulo Cristian 26/04/01

Pequena dama

Pequena dama

Noite chega
Pequeno pecado
Em lua cheia.

A céu aberto
Semi-nua
Pequena criatura
Não sabe ao certo
Se é criança ou mulher.

Olhar de virgem
Perdida e sem hímen
Cheira a sexo
Sem sentimentos
Sem nexo.

Pobre criança
Pobre mulher.

Paulo Cristian 05/2001

Às vésperas


Às vésperas

25 de novembro
uma rua
uma data
um aniversário
são tantas as possibilidades
mas em tua véspera
sou mais um triste
vagando e divagando
olhando para os arranhásseis
fitando o mar
sentindo a brisa leve
meio confuso, triste mesmo
ah! já fazem trinta e um anos
meu nascimento alegrou
não quero uma retrospectiva
existe alegria e dor nesta história
já versei sobre tudo
já amei quase tudo
tive várias namoradas
me formei
formo outros
vi nascerem
também vi morrerem ( alguns seres)
trabalho
como
durmo e acordo
todos os dias...
também vou a praia
dirijo o meu carro
quero rodas grandes
que me levem além mar
para alguma província ultramarina
meus sonhos pecam
minha imaginação cria
acho que já vivi tudo, ou nada
mas nesta véspera dia 24
só um copo de vinho me resta.

Paulo Cristian 24 de novembro de 2007 ás 20h

Figuras

Figuras

Tudo era tão calmo
o mar dizia-me sempre
o vento beijava-me a boca
o silêncio contava-me histórias

O amor transbordava
com fome de leão
o coração explodia
derramava o peito de tesão

Tantas cabeças
pernas que passavam
uma muvuca só

a vida é um instrumento
a vida é como um instrumento
eu sou como o operário
ou ser, irracional ou abstrato

Eu amo
eu falo
eu exagero
eu me comparo

sou a figura
sou o poema
ou um retrato

Paulo Cristian

Uma estrela bela

uma estrela bela

As vezes vemos estrelas
o céu se torna mais claro e intenso
são estrelas cadentes especiais
que brilham e simplismente passam

aí desejamos o que não temos
amor carinho atenção paz
estrelas são estrelas
pessoas são pessoas
mas há pessoas estrelas

que brilham e não se apagam
(lágrimas)
cada uma tem seu papel
cada uma canta sua canção
cada uma dança sua música
cada uma traz uma mensagem

passam com uma missão cumprida
cada momento de felicidade vivido
passam e deixam lembranças
o sorriso cativado
o cabelo ao vento
o beijo dado

as vezes são breves
outras nem tanto
o que importa...
Seus feitos em vida
viva seja viva pela vida

pela liberdade
pela justiça viva
por um flash de vida
simplismente viva
sempre isa
sempre bela

paulo cristian mendonça 18/05/08

Passos na noite



Passos na noite

è tão estranho
passos solitários
uma só luz
fraca
obsoleta
o pulso acelerado

é noite
o gato mia no telhado
a lua brilha

noite simples
céu estrelado
amores calados
gemidos singelos

passo a passo
a noite se vai
a tristeza fica
a saudade finita
de repente sai

é tão estranho
parece que foi ontem
nosso beijo

um ardente desejo
se vai
perdi-se no tempo
lágrimas caem

cai a chuva
do peito se esvai
a lembrança que fica
lentamente sai

que quero eu da vida?

é tão estranho!

li
dão.

Paulo Cristian 22.06.09

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

História com o sk8

Comecei a andar de skate aos 12 anos, a 19 anos atrás, e me apaixonei pelo esporte e pelomundo dele: as competições, o estilo de vida, a skate family, a minha evolução como skatista sofreu as influências principalmente de skatistas locais da minha cidade como o streeteiro Mangaba e principalmente o freestyler Geovani.Os principais picos que frequentavamos era o centro da cidade de Alagoinhas (Caixa Econômica, Casas Pernambucanas, correio da Tejan, entre outros) aos domingos, quadra poliesportiva do carneirão e o se estacionamento (toda a noite), clube dos sargentos etc.As trips eram invocadas quase sempre para as pistas de Camaçari-Ba ou Street em Salvador. Lembro de uma vez que fui andar na extinta pista de Piatã, lembro todos os detalhes dela, essa deixa saudade. Com o tempo essa velha guarda parou de andar e eu continuei, outros skatistas chegaram a cena, como Wal junior, Hugo, Eduardo, Neto, Leo. Outras pistas foram inauguradas tambem como a de Madre de Deus, Lauro de Fritas, atualmente a de Salvador.Mais ou menos em 1999 abriu uma loja de skate na cidade e muita gente começou a andar, alguns permanecem até hoje, como Luciano e Leandro Matos, Cristiano, Dácio, os Gêmeos Victor e Vinicius.Hoje em dia, depois de uma luta de 3 décadas, estamos conseguindo a construção de uma pista pública, o projeto está sendo trocado e passando pela aprovação da Caixa Econômica, se não já teria construido um modelo antigo e utrapassado, procuramos o prefeito e pedimos a troca do projeto, agora é só aguardar a burocracia.Um abraço a todos que sempre me apoiaram no esporte, principalmente minha mãe que por muito tempo foi minha "mãetrocinio".

Eu andando de skate através dos tempos