sábado, 23 de julho de 2011

Minha Alagoinhas



Minha Alagoinhas

Sou baiano de Alagoinhas
Descanço a sombra da Igreja Velha
com saudade das tardinhas
das lindas primaveras.

Dos amigos da praça Ruy Barbosa
que nunca mais os vi
resta a lembrança calorosa
que ainda posso sentir.

Um sorvete na Delícia
entre os casais de namorados ali sentados
e logo vejo teus olhos de malícia
nos meus olhos encantados.

Na quela vidinha de interior
das tardinhas na pracinha
de maos dadas ao meu amor
vive na saudade minha.

Tinha grito de micareta
anunciando ao povão
da festa porreta
que morava no coração.

era festa bonita
violência tinha não
só namorados se formando
no meio da mutidão.

Alagoinhas, os laranjais cadê?
Suas lagoas onde estão?
memórias antigas a de ter
para a nova geração.

Sinto falta de correr no campo,
de colher uma fruta,
de pescar na fonte,
de subir os morros.

é lembranças não tem rimas...

Sou de Alagoinhas Velha
mais já fui da nova
Já vivi a pecorre-la
entre rodas de amigos
ao caminho da escola.

Sou um sonhador entre o tempo
na doce recordação da infância
que caminha ao vento
e toma nova distância.

Vou sumindo ao longe
no trem da estação
que se perdeu ao tempo
mas vive no meu coração.

Minha Alagoinhas


Paulo Cristian Mendonça
22/07/2011

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