terça-feira, 4 de maio de 2010

Manto negro


Manto negro

Envolto a um manto negro,
encontro-me perdido no ermo.
Solitario caminho que travo,
luta que estende-se ao corpo
inteiro,
sangue podre,escorre na veia,
longe do mundo inteiro,
encontradiço entre eles,
esbanjam um tiro certeiro.
Pobre de mim,pobre são os
anjos do manto negro,
a familia chora,
os amigos...
Não tão amigos o serão,
e em um poço profundo
travo uma luta comigo
mesmo.
Espero a morte em um unico
tiro certeiro,
tiro que venha da minha mão,
mão que treme de medo,
ou que se tenha compaixão
e que se encha de vida
em coro ligeiro.

Paulo Cristian Mendonça

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